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Otimização de rotas. Tema polêmico 👀

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    Linkbolt

Nos alguns bons anos trabalhando com logística (denunciando minha idade 😅), na maioria das vezes, existia uma grande resistência do humano com o algoritmo onde o humano sempre acreditava fazer a melhor roteirização "de cabeça".

Nestas experiências realizei alguns testes (não é definitivamente o melhor jeito seguindo boas práticas de testes mas traria alguns "cheiros") segmentados e outro teste temporais onde:

  • Teste segmentado separamos algumas operações rodarem no manual x rodando 100% em cima do algoritmo em um mesmo período de tempo.
  • Teste temporal: A operação seguia 100% do algoritmo e comparávamos com o mês anterior ou o mesmo mês no ano anterior (excluindo meses atípicos de alta ou baixa de volume de pedidos).

📊 O resultado era um padrão independente da empresa: O SLA melhorava no pareto, mas os pedidos que ficavam foram do SLA pioravam muito.

🔎 O que foi descoberto analisando estes pedidos ofensores:

  1. Pedidos com abrangência muito longe da origem que por sua vez onerava o tempo de disponibilidade do entregador que demorava mais para ir e para voltar. Só neste tempo de uma entrega poderia ter feito várias próximas.
  2. Por consequência do item acima, também faltavam entregadores para atender a demanda, aumentando tempo de balcão/tempo de pickup.
  3. Quando o humano fazia a roteirização, o mesmo tentava encaixar estes pedidos mais distantes para reduzir o pickup time onerando o SLA dos pedidos próximos ou aumentando demais a quebra do SLA do pedido que estava mais distante.
  4. O humano tinha a tendência de criar rotas mais "amigáveis" para entregadores mais próximos onerando a empresa e para entregadores não próximos, criavam-se rotas de pedidos mais complexos ou "buchas" no termo mais popular (Entenda aqui que pode não ser culpa consciente do operador, sendo um viés natural do ser humano).
  5. Baixo throughput (volume de pedidos por minuto) reduzia os agrupamentos e por sua vez entregadores acabavam saindo com poucas entregas, voltando ao problema do item 1 de onerosidade do tempo do entregador e custo da entrega.

👓 As possíveis soluções:

  1. Mudança da estratégia das entregas ofensoras, removendo estes ofensores e focando em entregas mais próximas dentro de um range de distância que atenderia o SLA (caminho comercial difícil).
  2. Aumentar o volume de entregas para melhorar o batch por rota na estratégia de redução de custo de frete.
  3. Implementação para chamar 3PL (third party logistics), como emergência para atender a falta de frota disponível.
  4. Implementação da automatização das roteirizações eliminando o viés humano em um sistema "fechado" similar ao que a Apple faz, comparado com Android no tema de customização.

Nos próximos capítulos, contarei mais sobre cases. Alguns temas polêmicos da tecnologia em logística de quando usar e não usar (sim, dependendo da sua operação não faz sentido tentar implementar uma tecnologia).

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